domingo, junho 19, 2005

Want to thank you

Eu quero te pedir para me dar o melhor dia de minha vida. Não será assim difícil. Estar ao seu lado é uma grande vantagem. Um pocuo de conversa, seu olhos brilando, um sorriso doce, um calor que venha do coração, a paz, sua mão. Sei que não tenho mais idade para sonhar, mesmo assim venha me salvar. Só quero uma pessoa de verdade, que me queira de verdade por perto. Vamos nos concentrar nagente. Vamos ser só nós dois por algumas horas, deixa o mundo para trás. O tempo urge, meu coração definha-se, quero renovar as esperanças. Me ajude, te peço.

Hã???

Frases curtas, idéias vastas

10

E, com este, completo 10 posts sem nenhuma resposta, sem conseguir dizer nada que retornasse a mim mesmo. Não merece nota 10, a menos que em 100.

Complete-me, só quem está de fora pode.

Há a importância de vômitar palavras. O que faz a falta de ter algum diálogo a partir disto? Às vezes me sinto incompleto.

D

Ele acordou, não havia outro jeito, não de ficar em pé. Acordou mais cedo do que gostaria. A casa muito barulhenta. As pessoas cada vez mais em suas metamorfoses. Um café, algo para enganar o estômago antes de enganar o tempo. Internet. O almoço é uma obrigação social e familiar, ele nunca gostou de almoçar discutindo ou vendo TV. Não é possível comer de verdade com a família. É como fazer sexo, a família não irá compreender como se come. Melhor não dizer. E ele não gosta mais daquela comida, são 23 anos do mesmo tempero. Imaginando como seria morar sozinho, poder almoçar no horário que quisesse, poder almoçar o que ele quisesse, poder comer quem ele quisesse. Liberdade! - Ei menino! Vamos ajudar a arrumar a rebinboca da parafuseta. Que saco! É perda de tempo, ninguém entende sua impaciência. Ninguém consegue pensar de verdade. Uma tarde perdida, uma vida esquecida. O telefone não toca. Nunca. Os amigos... indefinível neste momento. Mas ele pode ligar primeiro. É aniversário de uma amiga, que ele adora! Ótimo! Os parabéns são sutilmente menosprezados, a alegria não parece recíproca. Ele não faz parte da felicidade destes amigos, não é bem-vindo. Tudo pode mudar. Talvez, ele pensa, quem se apresentar primeiro, ou melhor, os seis primeiros ganham carteirinha e privilégios de amigos-do-peito. Tudo bem, a falta de grana força a um programa familiar para a noite ( a falta de convites outros também). Uma peça de teatro... parece bom. Ingressos esgotados! Um conhecido lhe diz - sem distinguir se com desdém ou como informação apenas. Ok, ficaremos, a família coração, na fila, unida. Pessoas sempre indesejáveis têm convite. Porque eu não!? Injusto! Boa notícia. A moça disse que poderemos entrar. Entramos. Com atraso. Cada um que cate seu lugar. Os que sobraram. E a tosse? Não o irá atrapalhar, ele tem um spray para garganta. Ninguém será incomodado, nem ele se sentirá envergonhado. A peça é bela, a atriz é bela, a tosse brava. 5 minutos tossindo até as lágrimas escorrerem, ainda bem que a educação o fez sair do teatro no início do surto. A peça está terminando, mas a tosse torrencial, como a chuva que agora cai. O molhado na cabeça escorre sem encontrar obstáculos, nele só restou ausência. É melhor encerrar o dia. Antes uma refeição num restaurante português. Mas ele nunca gostou de bacalhau e camarão. Em casa. Sempre há a pessoa que pode salvar, o guardião da beleza da felicidade e da paz. Ele não quer conversar, ou talvez não possa. Há vida fora dele e isto lhe irrita. Nada mais preciso que conversar com Lya Luft. Perdas & Ganhos.

sábado, junho 18, 2005

Gay

Se disser que é gay faz alguma diferença?

mal-humor

Num porão escuro, espirro. Espirro sem parar. Tosse, tosse seca, vida seca num porão úmido. Hoje eu acordei com mal-humor, o dia só contribuiu para isto. É perda de tempo, eu repito, são as horas passando repetidamente. Ferro contra ferro, pelo menos algo me agrada. Martelar os pregos para retirá-los da madeira aonde um dia alguém os colocou. Não sei se é inteligente, mas é forte. O problema é a quantidade deles. A dureza deles cederem ao destino ao qual eu os forçarei, bobos. Alguns parecem querer se esconder na madeira, não adianta, eu tenho um pé-de-cabra e um martelo. Alguma coisa nesta função ignorante me deixa superior, longe daquele porão, ao lado dos grandes pensadores do renascimento. Passa logo, porque não existe pausa ou slow motion na vida real? É tudo uma merda sim, quem quer se enganar dizendo que tem muita coisa pra fazer, tirando prego? E quando acabo, a noite que começa parece me dizer que eu posso reinventar meu dia, que ele não precisa fechar o ciclo à meia-noite. Quem sabe um banho, algumas palavras escritas... é isto, acho que vou lavar meu mal-humor, com sabonete Dove.

sexta-feira, junho 17, 2005

Um dia eu consigo escrever um conto.

Um dia euconsigo! Um dia eu consigo!

Programação neuro-linguística, será que funciona?

Conto ou não conto?

No começo é uma inquietude. Rôo os lábios, até sangrarem. Depois vai virando doença, corrosiva, estomacal. Nada desce, nem a própria vida. Autodestruição talvez fosse o único caminho, roer as unhas, comer as cutículas, tudo até ver sangue. Descuidar da garganta, fumar, fumar, fumar sem espasmos, de tempo. Não é dor, não pode ser tão real assim. É vazio... sozinho... vazio... É rua-sem-saída, é cego, é tudo uma merda! É hora de ficar nervoso. Não sou obrigado a aceitar aquilo, é dever se rebelar. Algo tem que ser mudado! Agora! O que?! Por favor! Uma mapa! Alguma coisa tem que saber como se sai desta merda! Este labirinto tem que ter um mapa, um guia. Passa a indignação, passa a mão, passa não. Passa o tempo e não vem niguém. Ninguém pode me achar neste buraco? Será que eu fechei a porta? Será que só tem coadjuvante nesta merda de filme?! É... É... É inominável. Ler, escrever, crescer e depois? Desaparecer. Just do it. Nada melhor do que se arrumar, ficar bonito, vestir as boas roupas, ficar cheiroso e exalar sexo... ah como eu preciso! Preciso estar na rua, nem mais um minuto nesta pocilga - mas o cheiro parece que sempre acompanha. Um curta, a vida pode ser vários curtas, longas são chatos. Um clipe, muita ação, pouca reflexão, atividade, descontração, energia, fudeção... fudeção... É difícil aprender a ser cego. Não dá. Voltar, descansar, pensar. Não queria terminar assim! Não queria terminar. O meu mundo é meu, só meu! Não vou dá-lo a ninguém, se quiser, se puder, venha tomá-lo de mim. Quem merece ver? Quem merece me ter? Quem merece meter? Quem vai responder? Não vejo olhos que possam enxergar. Os meus não querem mais olhar. Falta algo. Falta. Algoz. Mate-me logo, não me torture. Como sou medroso, não sei viver e nem consigo aprender. Não sei se posso recomeçar. No começo é uma inquietude.

quarta-feira, junho 15, 2005

Vídeo-bloger

Dá pra fazer imagem audiovisual aqui? Deveria.

sexta-feira, junho 10, 2005

Alta gastronomia, altíssima!

Um pouco de sangue confere veracidade indiscutível aos sentimentos, mesmo os mais absurdos.

Receita:
Chore um pouco (mesmo sem cebola);
Agrida em movimentos circulares as pessoas próximas;
Junte depois um pouco de insensatez em seu discurso;
Romova tudo de uma hora pra outra (de preferência aos finais-de-semana);
Neste momento a massa (humana) estará parecendo que faz tipo, que chora só pra fazer tipo mesmo, porque afinal de contas ela logo está bem.
Para finalizar, (indispensável para a massa ser comestível, algo como levar a torta ao forno),
derrame um pouco de sangue, suavemente, espalhando bem pelos olhos alheios. Espalhe bem para entranhar, deixando assim os corações (alheios) mais molhadinhos. Está pronto pra servir. Coração dilacerado. O prato mais apreciado pela gastronomia moça.

quinta-feira, junho 09, 2005

Na falta do que falar não fale nada.

Digo se quiser dizer, calo se não conseguir falar. Falo não para ser escutado, falo para não explodir. Escrevo para não enlouquecer.

segunda-feira, junho 06, 2005

Quanto mais, menos.

Quanto mais vivo menos consigo dizer. Quanto mais tenho para contar menos palavras se enfileiram em minha cabeça. Hoje seria um dia profícuo para publicar coisas, quaisquer; não consigo decidir sobre o que escrever nenhum assunto surge tomando meu corpo como instrumento de libertação. É, fica difícil resistir à idéia do artista que sofre, que em sua dor resiste toda a sabedoria e a veracidade de sua obra. Não sei o que se torna mais ridículo, viver ou roteirizar. Enquanto não sei (e nem quero mais procurar a sabedoria) vou deixando as coisas acontecerem, vou buscando o que se me apresenta, vou tentando fazer um roteiro da vida que preciso viver. Todo mundo é um pouco decorador...

domingo, junho 05, 2005

Propos(opções)

As opções! A maravilha Divina, a liberdade de escolha, o bem e o mal que causamos em nós mesmos.. a consciência. Que texto chato, impessoal, que escolha mais equivocada! Nada a ver com o que gosto de escrever, nem com o que gostaria de ler. Vou tentar reoptar... Me sinto angustiado, toda escolha me destrói um pouco, escolher me diz tudo o que posso estar perdendo, há mais perdas que ganhos nas escolhas. Estao encontrando muitas dificuldades em escolher as palavras, os temas sob os quais abordarei a escolha, as opções, bom, às vezes são quando elas são escolhas de uma lista única. Neste momento prefiro escolher a única opção que tenho, parar de escrever.

O Amor

Hahaha, começar com "O amor", realmente a carência atinge níveis que tingem o cérebro de adolescência. Não sei mais pensar destituído de passionalidade, não sei se isto é bom, não sei... Sei que é realmente muito duro se propor a tomar distância de quem se ama. A mudança que parece ser de avizinhança não se mostra assim. Não existe nada de vizinho entre o amor enamorado e o amor amigo, na transição que se dá entre eles. Existe sim um abismo muito maior do que os olhos do coração conseguem enxergar, existe um evaporamento da linguagem criada do casal, exista uma dor diferente, maior e (pelo menos para mim) inprvisível. Esta dor dilacera, é ambígua, dormente, sufocante, constante, é dor de matar sofrendo. Tão pior se torna quando existe a opção da distância. As opções... ahh... outro tópico. Nada que comece com "O Amor".

sexta-feira, junho 03, 2005

Coerência

Acho que esta é a palavra que mais me assusta nos últimos tempos. De meu lindo relacionamento em que às vezes eu era incoerente (e quanta dor isto causava) até a minha primiera sessão de psicanálise (acho que este vai ser um grande tema dela) não consigo me desvencilhar da sombra, do tal mal da incoerência. Não sei o que acho sobre ser incoerente, não sei qual o limite da incoerência, com a insconstância, com a maleabilidade, com a inteligência. Uma coisa só é certa para mim: a vida é uma construção de discrusos, geradores de imagens, cada discurso tem sua função, às vezes proposital outras não. Talvez seja mais inteligente quem sabe construir discrusos que são mais compreensíveis aos meios, talvez seja mais tolo... não sei se ser adaptável é ser fraco, mas é mais fácil acreditar que todos os imutáveis, os de personalidade forte são mais... fortes! Facilidades de uma exsitência de imagens, conceitos apenas.