domingo, junho 24, 2007

Que não passa d'exercício

De palavras precisamente generosas
anciãs
com espíritos luminosos de conexão
onde ávidos
ele se orgulha da forma
defronte todos os si mesmos.

Surpreso em descobertas instáveis
hipócritas dir-se-ia
instabilidade que agrada, tendo assim colaborado
para a ilusão da suficiência pobre
da não necessidade do além-mim.

Ou as possibilidades
distintas
pedra sobre palavra.
Doce canto cobiçado.
Solidez de dia nublado.
Inevitável provocação.

domingo, junho 17, 2007

Liesão


Se perder é estar dentro. O chaos financiando os passos. Fora do tempo. O inverno de pássaros cinzas sobre as conchas do Rio. Arpoador.

Sketchs de memórias outorgados grandezas de vida. Unidades de medida construídas sobre a instabilidade do univisional. One more chance. Parfois não tem intervalos equilibrados, ilusão de quem ama o futuro.

A manhã amanhã espera, amanhã mesmo esta manhã, cheia de manhas de surgir, repleta de esperanças de boas novas. Um trem inominável dito com certeza.

O diálogo com o relógio que não fala, coucou, onde você está, não em qualquer tempo. Neste tempo de agora. Neste tempo de agouro. Agonia da resposta.

Intervalos regulares insuportavelmente instabilizantes. Diálogo retalhado no tempo inventado na tentativa de medir as vezes da vida se manifestar na experiência unicamente real que só pode existir em cada um. Podemos esperar juntos?

quarta-feira, junho 13, 2007

Decepção

Não sei se a vida é mesmo uma eterna queda. Não sei se as pessoas são eternos buracos. Mas existe sempre a decepção com o homem. A decepção vem da falta da verdade, da mesquinhez, da falsidade e do cinismo. Sei que cada pessoa é um universo, mas nunca espero que seja um abismo, escuro, traiçoeiro. Me sinto mal, desapontado. Me sinto bobo, esculachado. Sinto que não conheço, nunca conhecerei, verdadeiramente uma pessoa. Talvez porque as pessoas já não saibam mais ser de verdade.

sábado, junho 09, 2007



A Paris que eu esperava encontrar comecei a ver hoje. Live, sentadinho na grama, comendo morango, parfois dançando... A se todo dia fosse assim! Mas tem também o trabalho que cansa, e recompensa.

Mas sempre falta algo mais. Atravessando a ponto para ir atrás.

Companhias fazem qualquer momento.

Momentos são lembranças, medidas não exatas que exalam o tempo. O tempo. O tempo.

quinta-feira, junho 07, 2007

Falta, paciência

Então eu acho que quando eu me deito com alguém, mas as coisas mais legais que ela tem a contar são seus passeios, suas alegrias, seus encontros, e é nesta hora que ela sorri (porque gemer está longe de ser `como um sorriso, é certamente uma satisfação), eu tenho a certeza de que tudo isto é deliciosos mas que não sustenta a alma de ninguém. É impossível ser feliz só com 5 dedos, muito menos só com um corpo.

quarta-feira, junho 06, 2007

Tudo novo de novo


Sexo sim, sem engano.

Vou reativar este blog. Fico pensando demais e não tenho com quem compartilhar tudo. Andei pensando hoje sobre o poder do sexo. Como através dele as pessoas se atraem. Pelo contato físico, o desejo sexual, parece que nos unimos mais aos outros. Mas isto me irrita. Parece que só depois de me provar é que alguém consegue manter uma relação mínimamente cúmplice comigo. Pode ser que o problema esteja comigo. Que eu seja extremamente fechado e difícil até que eu estabeleça este contato com alguém, que só depois disso, ou durante, eu consiga achar que posso ser e permitir que o outro seja. Não sei, mas não gosto do que constato. Quero a poesia em minha vida novamente, nas pessoas que não conheço, nas supresas de um Oi, no desespero de um caminhar pra longe, na loucura da perseguição. Quero ser livre, livre do meu pau. Quero amar simplesmente pela delicadeza do cheiro, pelo gosto das palavras, pelo vermelho... por todos os tons da música. Quero ganhar ou perder sem engano.