sábado, abril 21, 2007

O futuro do mundo num estojo de maquiagem

As mulheres são seres estranhos. Demoram, por vezes, horas para escolherem suas roupas quando na verdade tudo o que querem é que um homem as arranque velozmente. Aliás, esta é uma conta feita, naturalmente, na cabeça delas. Um cálculo matemático complexo, de relação inversa: quanto mais tempo gastam se maquiando, se arrumando e fazendo o cara esperar, mais acreditam que rapidamente ele vai tirar toda a sua roupa e borrar toda a sua maquiagem. Tempo inverso.

É por isto que elas estão abocanhando o mercado financeiro, os empregos dos pobres gestores das grandes empresas. Estávamos enganados, não é pela sensibilidade delas, é pela capacidade de calcular a complexidade do improvável. Isto elas aprendem desde a infância, desde o primeiro menino que elas querem beijar, do primeiro amor que elas querem que as ame, antes delas dizerem que o amam, das primeiras flores que elas sugerem ganhar sem ter que escrever isto. Todos estes passos são ardentemente calculados, no frisson das horas, horas e horas que antecedem a expectativa do encontro. Tudo preparado para que elas pareçam o mais despretensiosas e parcialmente interessadas possível.

É como um jogo de xadrez permanente, e com vários jogadores simultâneos. Aliás, estou pensando agora, acho que o Kasparov é uma mulher vestida de homem, só porque a Russia não aceitaria que uma de suas estrelas mundiais fosse do sexo frágil. E por isso a Rússia faliu. E por isso Hollywood e suas estrelas ascenderam acima do limite do imaginável.

Tudo isto me preocupa, não posso me educar novamente para ter esta capacidade quase sobrenatural. Talvez me reste deixar que elas joguem seu jogo, e eu continue querendo atingir só o objetivo. Mas sem dizer nada, que é pra não estragar suas estratégias e começar uma verdadeira guerra.