segunda-feira, maio 12, 2008

Vez ou outra vazio


"Eu não sou eu, nem sou o outro, sou qualquer coisa de intermédio". Eu não sou vazio, nem sou completo, sou qualquer coisa de incerto. Eu não sou quem fui, muito menos quem queria ser, sou qualquer coisa... qualquer coisa que se esvazia, qualquer coisa que amarga as palavras, qualquer coisa que não quer se sentir uma coisa, e sim alguém especial.

Ainda luto por um conhecimento que eu não sei qual a utilidade, ainda batalho em um guerra que eu não sei se quero viver. Vazio... escasso de desejos. Vazio... descaso com os beijos. Vazio, fracasso e desacertos.

Talvez eu seja mesmo vazio, talvez eu tenha me esvaziado tentando esquecer as regras do savoir-vivre, do savoir-faire dos affaires, do savoir-dominer. Talvez eu seja vazio, tentando descobrir que existem outras formas de beleza nas manhãs longe de você. Talvez você tenha esvaziado seu coração, e eu.... e eu esvaziado minha cabeça, minha sede de poder, minha vontade de viver.

Um dia nos encontramos na serra, onde não há eletricidade, não há informação, não há pelo que lutar, salvo a companhia e a partilha sincera de algo que deva existir e que temimamos em chamar essência.

Talvez, um dia, no vazio da vida, ou no espasmo do fim-de-tarde, talvez, você compreenda que nem tudo o que faço, embora eu faça semblante para parecer que sim, é uma imagem na busca de me afirmar de maneira superior, ou talvez você só prefira acreditar que eu controlo a minha vida, e a sua também.

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