Grito
Porque não dá pra gritar por blog. Nada é mesmo perfeito.
If you can't live the world, seas lo que quieras, dans ta tête, o mundo nunca pára.
Não acredito que o bom da vida seja colecionar pessoas, não em quantidade. Só porque eu sentei no computador e o messenger de outrem tinha mais de 20 pessoas online, e mais outras 90 offline não quer dizer que a vida dele seja melhor.
Eu não queria dizer, acho que nunca, mas preciso: sinto falta de carinho. Sou carente sim. Nunca me senti amado em casa, por mais que seja. E isto é um buraco gigante no peito. Não sei como curar, tenho medo de depender de só uma pessoa. É muito poder sobre minha vida em uma mão. Às vezes acho que é melhor não ser de ninguém, já que não sei medir minha entrega, minha dependência afetiva. Sei que a dor me dói, às vezes a culpa é minha, mas nunca consigo resolver. Ainda bem que posso escrever, embebedado em insônia. É como se o mundo estivesse todo dormindo agora e não fosse levantar mais. Ou se levantar que seja diferente. Porque enquanto todos dormem eu posso mudar, o mundo, em mim. Não custa nada tentar.
O belo me deprime. A cada coisa boa, bem feita e bem acabada que vejo acho que perco as esperanças. Às vezes é com o mundo, que produz o belo e não sabe nem para que, reforçando qualquer fluxo dominante e restritivo. E, quando não é assim tão político, perco as esperanças em mim.
"aí está a história do amor, escrava do outro narrativo, da opinião geral que deprecia toda força excessiva e quer que o sujeito reduza ele próprio o grande turbilhão imaginário pelo qual é atravessado sem ordem e sem fim, a uma crise dolorosa, mórbida, da qual precisa se curar ("isso nasce, cresce, faz sofrer, passa", exatamente como uma doença hipócrita): a história do amor ("a aventura") é o tributo que o enamorado deve pagar ao mundo para se reconciliar com ele."