domingo, julho 24, 2005

O mundo gira, e a metralhadora também.

Remember me... hahaha. Tem gente que é patética, e às vezes, por um período, que depois parece um feitiço, eu acho que é demais, que é a direção do que eu queria ser. Surgiu-me uma idéia de que tem gente que parece ter pós-graduação em enganar os outros, vender uma imagem. Também não dá nem pra culpar, neste culto todo das imagens, como se a palavra não valesse mais nada, não se ela for escrita em Times New Roman. Credo! Em Times não, até dói o olho! É uó!! Mas tudo bem, cada um na sua, mas que dá vontade de desmascarar dá. Também a gente se engana porque quer né! Eu mesmo devo ter enganado já alguém sem nem perceber. Ainda bem que o mundo gira. Ainda bem que posso girar minha metralhadora..tátátáhahaha! Já que é pra girar, continuo. Tem gente que é tão cool né, tão muderno, tão... tendência!! É tanta tendência que não deve dar nem tempo de ser ausente. Andy Wahrol contaminou toda minha geração. Será que tem alguma fundação dele pra onde posso mandar a conta? Ainda bem que o mundo gira. Ainda bem que posso girar minha metralhadora. E tem gente que é tão fingida. Tipo eu, aqui escrevo, brado, digo o que quero, e quando saio à rua?! Mais um num milhão de dominados. E ainda ponho a culpa na falta de companhia pra fazer a revolução real da liberdade de ser. Inventar a roda tá ficando cada vez mais difícil, e o pior, necessário. Outro dia conversando sobre isto eu estava defendendo uma idéia que me agrada. Inventar o novo, fazer o revolucionário pode ser apenas recolocar as coisas. Tá bom, Duchamp já fez isto, e muito antes. E antes de Van Gogh um monte de gente já tinha colocado tinta na tela. Saber jogar com o dado, inclusive com o jogo, com as regras, talvez esteja aí. Eu não sei, não sei se é importante saber, mas me diverte pensar isto. Que posso ser tão normal e me infiltrar... hahaha. Talvez a maior contribuição seja despertar as pessoas, talvez reuní-las, não fisicamente, mas suas idéias. Não sei, acredito no possível valor da arte da elaboração dos eventos tanto quanto na da produção da obra de arte clássica. Mas o fato é que o mundo gira, a minha metralhadora também e a de muita gente deve estar girando na minha direção neste momento. Tem coisa que é eterna, tipo Deus e também "Tá na chuva é pra se molhar". Adorro!

O que eu não quero dizer

Eu não quero dizer nada para você, eu não quero te machucar. Eu não quero dizer nada que me prejudique. Aprendi: não sou obrigado a gerar provas contra mim mesmo. Quero discutir sua ética, quero construir uma para mim, uma metamorfosiável. Que tal se eu dissesse o que eu quero dizer? Quem sabe se eu soubesse pensar antes de falar. Quem sabe eu fosse um bom jogador de xadrez. Duvido que não tenha suas dúvidas. Duvido que não diga o que não quer dizer, que não queira dizer sem que ninguém possa ouví-lo. E o que eu não quero dizer? Não sei. A cada dia uma coisa, a cada dia uma pessoa. E assim também me sinto, lo siento... Escrevo tentando descobrir o que não quero, talvez não tenha coragem, de dizer. Escrevo tentando falar o que ninguém queira ouvir de mim, talvez de quem ninguém queira ouvir. Posso ser só chato também, achar que ninguém sabe mais ouvir. Se ninguém ler, está escrito, mas se ninguém ouvir como vai saber se saiu algum som de sua garganta?! E se toda esta dúvida, toda lama for se agarrando em minha garganta? Sufocando?! Entupindo!? É, acho que prefiro escrever o que eu não quero dizer. Aqui sou livre, posso não dizer, e se disser ninguém vai me interromper. Cú, veado, bosta, puta que pariu, medíocre, isto sim que você é! Hahaha, tantas formas de terapia, não quero (precisar) esperar nada. De ninguém.

Fragmentos(a palavra também) são démodé.

Muitas coisas, obrigados a estarmos juntos.
Menos coisas conseguimos ver no fundo.
E quando a música acaba fica a tristeza, o vazio.

sexta-feira, julho 15, 2005

Insônia

3 da manhã... será que o dia nunca vai se esvaziar? Minha cabeça não pára, não chega a lugar algúm, posso ao menos descansar dela?!

terça-feira, julho 12, 2005

De trás pra frente. Sem começo, meio ou fim.

Acordo tarde, esta é a sensação que tenho ao atendê-lo ao celular. Quanto tempo será que perdi longe de ti? Não me faz falta, nenhum tempo me faz falta. Sinto-me, agora, completa.
- Olá! (lindo, como sempre) Vamos?
- Para onde menino?
- Para a rua, para um lugar muito legal. Você vai gostar.
- Isto eu sei, sempre sei.

Que filme lindo! Não sei se estou embriagada, tudo ao seu lado é mais belo, eu sou melhor. Descrever a perfeição é sempre, sempre mais imperfeito.

Um café, no Café, será que eu mereço mesmo tudo isto?
- Vamos tomar um vinho?
- Mas está tão cedo... e daí né?! Vamos sim.
- Por favor, uma garrafa de Casillero del Diablo e uma tábua de frios.
Nunca me senti tão quente longe de minhas cobertas. Nunca achei que uma tarde de sábado pudesse ser tão perfeita. Esticamos até minha casa. Deitados, qualquer música boa muito especial toca no meu som, nem lembro o que eu pus. Cafuné... assim o ser humano se move, assim o meu amor só cresce, assim o meu desejo não se agüenta.
- Pára menino... você me deixa louca. Sacanagem.
- Hehehe.
- Assim nunca conseguiremos arrumar namorados. Parecemos namorados para todo mundo.
- É verdade.
- ...
Smack!! Como beija bem!! Não precisava!

O fim é cada dia... cada tarde a toda hora. O fim é sempre o recomeço, é a chance de vê-lo surpreender-me novamente. Não sei onde termina, quando termina, não precisa terminar. As palavras já se acabaram, não dão conta de refletir a verdade. A arte não consegue imitar a vida.

O sol nasce a cada dia, e sempre de novo.
Um dia, uma tarde, uma noite, algumas horas, não é preciso mais que isto para uma vida toda. Viver é impreciso. E cada vez mais, necessário.

domingo, julho 10, 2005

Para Sabrina e Gabriel

Cada dia é mais que bom, é ótimo.
- Vamos sair para pisar na grama?
- Como assim? É muito pra mim...
- Não é muito, se eu quero. Você também me quer?!
- ...
- Te pego.

Lindo! De terno, nada descombinado, muito menos havíamos combinado algo. Não é preciso mais que isto para ser feliz, não é preciso mais ninguém para ser eu.
Ele me leva, quase me carrega ao céu. Abre a porta do carro para mim.
- Por favor, menina.
- Você não existe, não pode existir. O que eu fiz para merecer tudo isso.
E seu sorriso é toda a resposta, a confirmação que eu preciso, dele eu preciso.

- Pisar na grama?!
- Porque não menina?
A praça está linda, caminhamos pela grama, tanto faria se fosse nas nuvens também. Quem precisa de metáforas consagradas se a realidade é tão surreal?!
Vamos conversando, somente conversando, sem ter um porque, sem objetivo. Talvez não precisássemos de mais nenhum. Só estar. Só sermos, Só a dois. Nós dois.
Quantas horas se foram... quantas vidas passaram por nosso diálogo, quanta coisa boa, quanta vida em uma caminhada sobre a grama verde e gelada.
Seu rosto é perfeito, o sol de inverno me ajuda a admirá-lo. Além de tudo tem que ser bonito? Maravilhoso?! Puta que pariu!!

Dia após dia. Frases curtas não são mais necessárias, nos surpreendemos com o que somos. Somos completos juntos, muito e pra sempre.


Continua... espero que seja ótimo!