terça-feira, julho 12, 2005

De trás pra frente. Sem começo, meio ou fim.

Acordo tarde, esta é a sensação que tenho ao atendê-lo ao celular. Quanto tempo será que perdi longe de ti? Não me faz falta, nenhum tempo me faz falta. Sinto-me, agora, completa.
- Olá! (lindo, como sempre) Vamos?
- Para onde menino?
- Para a rua, para um lugar muito legal. Você vai gostar.
- Isto eu sei, sempre sei.

Que filme lindo! Não sei se estou embriagada, tudo ao seu lado é mais belo, eu sou melhor. Descrever a perfeição é sempre, sempre mais imperfeito.

Um café, no Café, será que eu mereço mesmo tudo isto?
- Vamos tomar um vinho?
- Mas está tão cedo... e daí né?! Vamos sim.
- Por favor, uma garrafa de Casillero del Diablo e uma tábua de frios.
Nunca me senti tão quente longe de minhas cobertas. Nunca achei que uma tarde de sábado pudesse ser tão perfeita. Esticamos até minha casa. Deitados, qualquer música boa muito especial toca no meu som, nem lembro o que eu pus. Cafuné... assim o ser humano se move, assim o meu amor só cresce, assim o meu desejo não se agüenta.
- Pára menino... você me deixa louca. Sacanagem.
- Hehehe.
- Assim nunca conseguiremos arrumar namorados. Parecemos namorados para todo mundo.
- É verdade.
- ...
Smack!! Como beija bem!! Não precisava!

O fim é cada dia... cada tarde a toda hora. O fim é sempre o recomeço, é a chance de vê-lo surpreender-me novamente. Não sei onde termina, quando termina, não precisa terminar. As palavras já se acabaram, não dão conta de refletir a verdade. A arte não consegue imitar a vida.

O sol nasce a cada dia, e sempre de novo.
Um dia, uma tarde, uma noite, algumas horas, não é preciso mais que isto para uma vida toda. Viver é impreciso. E cada vez mais, necessário.

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