sábado, novembro 19, 2005

1 ponto

Hoje vamos conversar sério Pepa? Sem sermos críticos ácidos um do outro? Mas tem que haver sinceridade, sem achar que isso é piegas ou riponga demais. Sabe, é que você é uma pessoa que me tolera, me aguenta há mais de 8 anos... e eu preciso ter diálogos inteligentes com pessoas que queriam me escutar. Na verdade, quero compartilhar os meus medos, sei que não te assusto com isso, mas gostaria de pedir que nos levássemos a sério hoje.

Ando com muito medo de ser uma pessoa medíocre. Tenho medo de não fazer nada de interessante, de ser infeliz, ser cada vez mais chato, tedioso e não conseguir ganhar dinheiro. Estou mesmo com muito medo disso, e cada vez que vejo alguém que me parece estar feliz, fazendo o que gosta, ganhando dinheiro, produzindo alguma obra interessante, eu me carrego mais de tristeza.

Isso vem me deixando cada vez mais desesperado, perdendo as referências, a forma bondosa de ser, a singularidade de enxergar o mundo e a veracidade do olhar. Tenho medo de me perder entre o caminho da infância/adolescência (onde eu era o que os outros queriam) e a descoberta de quem eu quero ser, de quem serei.

Tenho medo de me perder. Tenho medo de perder os bons amigos, de perder a prática de fazer amigos, de perder a chance de me aproximar das boas pessoas. Tenho medo até de você me abandonar...

Tenho medo dos meus sonhos... coisa que nunca tive. Sonhar e nunca realizar. Ir ficando angustiado, desamparado, amargo e sem vontade de viver. Tenho medo de que meus sonhos sejam infantis, bobos. Sofro no abismo cercado pela angústia de não realizá-los e o medo de que por eles eu seja ridicularizado.

Eu tenho medo. E o meu medo está em mim. Eu preciso que alguém me sirva de incentivo, de apoio. Preciso somar, mas não sei se ando merecendo isso. Talvez tenha que deixar um pouco da acidez de lado, talvez um pouco da ilusão. Talvez eu esteja completamente errado.

Talvez você possa me ajudar.

1 Comentários:

Às 7:13 PM , Anonymous Anônimo disse...

Ô, Cebolinha, as coisas estão difíceis, né?
Só posso ajudar falando que tudo vai dar certo. Porque é isso que a gente fala quando alguém que a gente gosta pede ajuda.

Ass.: Pepa (embora eu tenha odiado esse apelido ridículo)

 

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