segunda-feira, julho 16, 2007

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Faço nada. Talvez em busca do meu limite. Não há mundo lá fora, nada a reparar. O diálogo, necessário, com o mundo eu me dou por conversas mapeadas. Palavras planando em janelas distintas, difitéricas. A pureza é o que? A falta de tudo, a consciência do nada? Os cigarros se acumulando no cinzeiro, as palavras se acumulando na tela, os vazios se apoderando da mente. Até o fim do mundo, achei que podia conseguir, acho ainda que posso, mas não sei se quero. Não sei se o fim é o paraíso, se o nada é a paz de espírito. A vulgarização do tempo livre me faz o encarar como um martírio. A necessidade do novo o tempo todo me faz sentir-me sempre estacionado. Quero menos, cada vez menos de fora. Quero entrar dentro da minha cabeça, meu infinito universo particular. Porquê já não agüento mais viver num mundo e enxergá-lo com meus pensamentos. Já não posso mais fingir que não preciso das mesmas coisas que meus antepassados precisaram pra nascer, crescer, amar e morrer. Já não tenho mais a distinção de escolher as palavras depois dos pensamentos, me guio mais pelas que me vêm à mente e os pensamentos, estes são moldados como um jogo de lego. Intercalo a vida e o medo. Que o medo este é meu, dentro de mim, só meu e de mais ninguém.

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