É a cor que temos
A fraqueza de cada um é a cor que temos. Eu por vezes admirei as coisas boas das pessoas, noutras detestei todos os traços de imperfeição. Acho que queria que houvesse força suficiente em um só braço que me pudesse resgatar nas profundezas das águas turvas. Com pequenos novos brilhos que comecei a conseguir enxergar em cada pessoa, a maior parte oriundos de seus pequenos defeitos, acho que estou conseguindo agora chegar onde o ar dá forças para sorrir. Tenho conhecido muitas pessoas que ao depart me parecem espetaculares, e os são, mesmo com seus defeitinhos. Na verdade o defeito é o traço pessoal de cada um, é o medo que fez com que aquela pessoa tomasse quase todas as atitudes de sua vida, porque algumas poucas ainda espero que tenham sido tomadas por amor. Estes pequeninos traços gritantes na testa de cada um andam me parecendo tão agradáveis, não pela fraqueza em si, mas pela percepção de que a imperfeição não é minha, nem do outro, é de todos, e pra cada um ao seu modo. E a solidão que as pessoas sentem. Será que sempre foi assim? Elas sempre se sentiram solitárias? Será que existe um maior número de solitários desesperados no mundo porque as instituições de liesão social estão desaparecendo? Será que a auto-enganação que me irrita é fruto do desejo de não sofrer e a busca do caminho da filiação a um bem estar externamente construído? Será que alguém pode responder minhas questões? Será que alguém pode me fazer amar? Por favor!
1 Comentários:
Somos todos fracos e, assim, nos fazemos tristes, felizes, sós, plenos e fortes. Amando cada parte destas, em nós e nos outros, construimos relações a lá Vinícius, "que não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure".
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