Oi, tchau.
Eu estive conversando com um amigo, destes que posso ficar mais de um ano sem dizer Oi e é sempre um amigo que olha nos meus olhos e sabe que estou triste, ou inseguro ou até mesmo feliz. Concluindo que a vida é feita de Ois e Tchaus, entremeada de alguns até logos. E para os Ois damos menos atenção que ao Tchaus. O tchau nos faz mover, nos fazer nos posicionarmos, nos faz sofrer. Entendemos a despedida como uma última chance de se agarrar a algo que conhecemos, a algo que fundamenta um pouco nossa vida, nossa busca pela auto-compreensão e felicidade. Os Ois são muitas vezes diminuídos, tratados como invasores, ou desdenhados. Um Oi pode ser uma última chance também, de ser feliz, de recomeçar, de achar sentido. Cada Oi deveria ser mais derradeiro que cada tchau, cada momento maior que cada memória, cada ação melhor que cada lembrança. Ando em um momento de dizer tchaus, não sei se gosto. Ando na expectativa de dizer vários Ois, não sei se quero. Ando porque não posso ficar parado, mas recostar a cabeça em um colo quente e conhecido é fundamental pra qualquer passo.
7 Comentários:
post interessante. e digamos que contextualizado (não como eu queria mas enfim, a frase já tá enigmática demais).
e "Ando porque não posso ficar parado, mas recostar a cabeça em um colo quente e conhecido é fundamental pra qualquer passo" foi muito bonito "/
Mon Bilu ira parler français. Je resterai, dans l'attente pour être là aussi.
e um abraço eu queria.
que delicia ler isso hoje.
parece que você ta me dizendo ai.
que bom.. o ritmo.?
beijo
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
e um adeus poderia ser mais impactante?
As coisas que escreve me fascinam. Faz com que o admire ainda mais e queira dizer vários "ois", visto que somos cada dia novos.
bjs
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial