terça-feira, abril 26, 2005

Chuva

Ontem a notícia: “frente fria, queda de temperatura e chuvas torrenciais”, hoje a concretização da lavagem. Precisava mesmo lavar a alma, deixar as lágrimas sumirem neste aguaceiro, alguma coisa tem de haver de natural em sofrer e chorar.

O vento frio dói na alma, não sei se ele ou a memória do que se esvai. A água molha o corpo, não sei se ela ou se as lágrimas que vertem pelo nariz e boca. A chuva embaça a vista, ou será que a visão está mesmo turva? Falta uma pessoa muito importante a olhar, moldura que ajudava a enquadrar o mundo.

Que caia a chuva, que sequem as glândulas, as coisas às vezes têm que se resolver naturalmente, isto implica tempo.

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